9 de abril de 2009

Primeiro Papel

Tê-lo em meus olhos me faz pensar
Nos tempos em que o desejo foi soberano
Na vida impura, marcada por fatos amantes
Quando delicado era o toque e forte, o arrepio.

Simples e inconsciente, mergulhei num mar sem fim
E no traçado desbotado pairaram nódoas romancistas
E este, que é digno de ser escrito por dedos tristes
É umedecido pelos olhos, por tempos, inquietos e vazios.

Quão sofrível era o evasivo olhar tristonho
Como de ressaca, tal Capitu, me puxava
Me fazia perceber a ganância desenhada em minha vista
Ao perder o rumo, navegando em seu feminino olhar.

Carlos Augusto, Octavio Peral e Anderson Ferreira

Nenhum comentário: