14 de abril de 2010

Décimo Quarto Papel

Vida alvinegra
Que em tua audácia, me tomaste como refém
Mãos aéreas em centro de cólera
Colocam em prática a indecisão.

Nos teus meios inteiriços
Desatadas as demandas
Faço meu caminho tortuoso
Me designando às intempéries do seu humor.

Amedrontado
Apaixonado
Sigo às pressas, ganhar-te no eterno fim.

Carlos Augusto, Octavio Peral, Anderson Ferreira

16 de novembro de 2009

Décimo Terceiro Papel

Dor é amor que não se sente.
É!
É ausência de si mesmo
Quando meu é deixa de ser.

Amor é dor inconseqüente
É!
Conjugo verbos de minha perda
E deixo as mágoas me guiarem.

Amor é simplesmente amor
Se você já tem um, ou dois
Esqueça as dores que arderem
Quando sozinho estiver.

Carlos Augusto, Anderson Ferreira e Octavio Peral

5 de novembro de 2009

Décimo Segundo Papel

Era ontem, hoje e amanhã
Na janela de um quarto pagão
Tornando teu recomeço
Um pedaço de fé esfarrapado no chão.

Salve as noites imorais.
Salve?
Sim. Salve-as do anonimato, da solidão
Salve-as da ausência de um amanhã.

Retorna, então, em vida
Nas carícias ardentes do amor
Pra largar-me a mão liberta
Se, de dia, acordar em ti.

Octavio Peral, Anderson Ferreira e Carlos Augusto