28 de maio de 2009

Nono Papel

Uma feira comum e de doce normalidade.
Se estranhavam os iguais
Embalados pelas finitas variâncias
Das frutas e legumes ali expostos e oferecidos.

Quando os olhos sossegavam
Apoiavam-se no sustento familiar
E divertiam-se com pedaços espalhados
Matando quem os matava.

Nas cascas, nos caules, o cruel desabrocha
E mostra aos fregueses observadores
Que como o desespero mora ali
Cegar-se do fatal é enfim o natural.

Octavio Peral, Carlos Augusto e Anderson Ferreira

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